O tempo fechou: entre eles jamais será como antes

terça-feira, 21 de junho de 2011

Com uma base aliada tão ampla, indo do conservador Severino Cavalcanti à comunista Luciana Santos, era evidente que o governador Eduardo Campos iria ter problemas para administrá-la.

A notícia que vocês lerão a seguir é do Diário de PE e mostra que a relação entre o governador e o senador Armando Monteiro está por um fio. Armando quer ser governador em 2014. E pra isso, já rompeu com Jarbas. Ninguém duvide que romperá também com Eduardo



Ninguém fala em rompimento mas são frágeis os laços que unem hoje o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB), possível candidato à sucessão estadual em 2014. E o Palácio das Princesas já tem a sua força de reserva para preencher o espaço do PTB no governo: o PSDB de Sérgio Guerra, com quem Eduardo tem conversado com frequência. Ao fechar questão contra a Proposta de Emenda Constitucional que permite a reeleição de Guilherme Uchoa, presidente da Assembleia, em 2013, Armando deixou evidente que é aliado mas não subalterno, podendo portanto divergir - uma independência inaceitável para o Palácio das Princesas.

Ameaças

A PEC foi aprovada como previu o governo e Uchoa poderá ter, sim, o quarto mandato consecutivo no comando da Assembleia, enquanto dos nove deputados petebistas, cinco seguiram a orientação de Armando, três votaram a favor se um se absteve. O outro resultado dessa conta é o fosso de insatisfação aberto entre Eduardo e Armando, que pode ser visto como o primeiro racha da base aliada. O PTB contabiliza a pressão do governo para que a bancada votasse a favor da PEC, o que implicaria na perda da liderança de Armando sobre seu partido. Falou-se até em ameaças contra os petebistas José Humberto e Augusto César que, na qualidade de suplentes, podem perder o mandato desde que o governador devolva à Assembleia dois deputados que ocupam secretarias.

Relembrando Jarbas

Entre governistas há uma convicção de que Armando está utilizando o episódio da PEC para romper com Eduardo assim como fez com Jarbas Vasconcelos (PMDB), em 2003, quando ele deixou o governo por um desentendimento com Cadoca, então secretário de Desenvolvimento Econômico.

São situações parecidas: naquele ano, Armando acabava de ser reeleito deputado federal pelo PMDB e após o rompimento passou a ser um ferrenho opositor a Jarbas. Hoje Armando está no início do mandato de senador, cuja eleição teve o apoio de Eduardo, e a dúvida é em que momento esse rompimento ocorrerá e a que forças Armando se juntará para se opor ao governo. Enfim, a temperatura subiu demais e bem antes do esperado.

Agora, Eduardo e Armando podem até permanecer aliados, mas a relação entre eles jamais será como antes. Houve uma quebra de confiança nos dois lados

3 comentários:

MARCELO disse...

vou falar. esses dois são farinha do mesmo sago.dois safado

Anônimo disse...

Tá certo o senador Armando Monteiro, o tal Eduardo dos precatórios nada fez a não ser enricar cada vez mais,desde quando como secretário da fazenda,onde cobrava "caixinha" de 10 e até 10%.

Anônimo disse...

e ele de novo coca cola e andrea mendonça que venha 2012!!!!!