De onde vêm os ratos??

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


O que é ser um rato?


Aproveito postagem do Blog do tucano Edmar Lyra (que já foi do PFL/DEM) sobre a aproximação entre PSDB e PSB. O texto dele segue em vermelho, e o meu em azul.


PSDB e PSB juntos, por quê não?

Na condição de filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), diante do que ocorreu na fase pré-eleitoral e durante a eleição, entendo ser viável, legítima e coerente uma aliança entre o PSDB do Senador Sérgio Guerra e o PSB do Governador Eduardo Campos.

Eu não sou do PT, portanto, não me interessa debater PESSOAS e sim ASSUNTOS. Não preciso ater-me ao passado e aos débitos políticos que o autor do texto tem com pessoas do DEM para refutá-lo. Viável a aliança é sim, basta os caciques quererem, e serão esquecidas todas as desavenças entre Ciro Gomes e Serra, entre Terezinha e Eduardo, Sílvio Mendes e Wilson Martins (candidato eleito e candidato derrotado ao governo do Piauí). Dá pra esquecer rapidinho que o PSDB esteve com o DEM e o PPS, e o PSB com o PT e PTB em quase todo o país.

 Coerente, depende. Se for do ponto de vista histórico e ideológico, é verdade. PSDB e PSB têm muito mais a ver do que PSDB e DEM. Mais do que PSB e PTB. Mas do ponto de vista eleitoral não é coerente, afinal, o eleitor votou para colocar o PSDB na oposição ao governo de Eduardo e de Dilma (assim como o DEM, assim como Jarbas sempre disse em relação a não apoiar Lula).

Por quê isso? Primeiro ponto é que Sérgio Guerra é extremamente ligado a Eduardo Campos, já foi Secretário do Ex-Governador Miguel Arraes, avô de Eduardo, segundo porque dos nossos dezesseis Prefeitos, quatorze votaram em Eduardo Campos, um não votou e o outro ficou neutro. Dos nossos cinco Deputados Estaduais, três tendem a fazer parte da bancada governista na Assembleia Legislativa e dois têm uma posição de neutralidade que podem, naturalmente, se tornarem governistas diante da decisão partidária.

Primeiro que o fatode Sérgio Guerra ser ligado e ter sido secretário de Arraes não o obriga a se aliar a Eduardo. Se o obrigasse, que tivesse feito já em 2007. Segundo que Guerra também foi ligado (e a ele deve um mandato de senador) a Jarbas Vasconcelos. Se for por dívida política, Guerra não teria feito com Jarbas a safadeza que fez esse ano. Segundo que os prefeitos votaram em Serra e rejeitaram o projeto nacional defendido pelo PSB (Dilma). Além do que, esses prefeitos ficarão sob as asas do governo Eduardo independente de uma aliança formal

O terceiro e último ponto se baseia na questão nacional, onde o PSDB e o PSB podem se unir por conta de em vários estados estes partidos já serem aliados como em Minas Gerais, Paraná, Alagoas, Paraíba, dentre outros. Portanto, a aproximação faz parte de todo um contexto.
Eu sou capaz de citar aqui um por um os estados onde o PSDB é ADVERSÁRIO do PSB. Isso não servirá como argumento para eles se afastarem, servirá? RN, SC, ES, GO, PI, CE (a partir de 2010) são exemplos de lugares onde o PSDB e PSB não se engolem. Assim como entre o DEM e PSDB ta,bem há relações nada boas em alguns lugares (Sergipe é um clássico exemplo). A aproximação faria parte não de um contexto, mas sim de mais uma rasteira que o PSDB daria no seu mais fiel parceiro, o DEM.

A defesa de setores do PSB pelo nome do nosso líder Aécio Neves para ser o Presidente do Senado é uma demonstração clara de que devemos estar juntos nas próximas eleições. Caso esse projeto se concretize e o Senador Aécio Neves chegue à Presidência do Senado, precisamos estreitar os laços com o PSB de Eduardo Campos.

Aécio já disse: não quer. O PMDB já disse: a presidência é nossa. Dilma já disse: é legítimo que ela dispute em 2014 a reeleição. Serra já disse: sua derrota não foi um adeus, e sim um até logo. Pra onde diabos vai caminhar uma aliança dessas tendo em vista Aécio candidato pelo PSDB com o apoio do PSB? O PSB romperia com o governo Dilma e seria contra a sua reeleição? Dilma apoiaria Aécio e abriria mão de disputar a reeleição? Nesse caso, o PT estaria também junto ao PSDB e PSB?

Do ponto de vista de Pernambuco, é inegável o avanço conquistado pelo Governador Eduardo Campos, um político que orgulha Pernambuco ao ser o melhor Governador do Brasil. Fica difícil ser contra Eduardo, aqueles que ficarem contra ele, estão agindo contra Pernambuco.

Hugo Chávez foi reeleito com percentuais semelhantes a Eduardo. O governador pode orgulhar o estado se vier a fazer um governo que, além de trabalhador e gerador de empregos seja ético e escrupuloso, o que ainda não é o caso. Sem nem ligar para a vírgula descabida separando sujeito do verbo, digo que aqueles que ficarem contra Eduardo estão sendo coerentes com seu currículo eleitoral. Eu quero ver esse cidadão dizer na cara de Jarbas, Marco Maciel , Mendonça Filho, Augusto Coutinho e outros que eles são contra Pernambuco por serem contra o governo Eduardo. Têm coisas positivas? Óbvio. Nem vou discutir de que são frutos essas coisas boas, pois está claro que Jarbas semeou o  que Eduardo planta. Eu me ponho contra Eduardo ter eliminado eleição direta para diretores de escolas estaduais. Contra bater direto nas privatizações do governo FHC e entregar os hospitais do estado a empresas de direito privado. Contra a cooptação descarada feita com os líderes municipais. E não. Não sou contra Pernambuco. Sou a favor de Pernambuco, mas também sou a favor da moral, da ética, da lealdade, da gratidão, da honradez, da retidão. Sou a favor de obedecermos à determinação das urnas, que nos pôs na oposição. Quem quiser aderir que tenha a hombridade de dizer as verdadeiras razões, em lugar de ficar com subterfúgios falsos.

Pelo bem de Pernambuco, o PSDB não deve se furtar de ter uma posição, e esta posição deve ser, sem dúvidas, de apoio irrestrito ao segundo mandato do Governador Eduardo Campos

Se todos pensarem assim, Eduardo governará sem oposição alguma. E aí, meus amigos, preparem o lombo porque será 4 anos de cipoadas ininterruptas. É por essas e outras que o PSDB de Pernambuco, salvo raríssimas exceções, dá náuseas a mim. Partido sem menor apego a ter uma posição firme. A cada eleição, um lado diferente. Toma lá dá cá é a senha para atrair essa gente. Sérgio Guerra anda fazendo escola.

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