Declaração de bens de Jungman é piada

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dia desses publiquei dados sobre as declarações de bens dos candidatos. A série vai seguir. LEIA AQUI O QUE JÁ FOI PUBLICADO SOBRE O ASSUNTO


Aqui em PE, chamou atenção a do Dep. Raul Jungman, candidato ao senado na chapa de Jarbas. Conta o nobre que possui 17mil reais em bens. E é o fresqué? Perdeu meu voto. Orrr

Raul Jungmann – Senador

Financiamento Celta R$7.961,70
Financiamento Classic Life R$ 8.372,40
Conta Corrente Banco do Brasil R$ 1.426,46
Conta Corrente Banco do Brasil R$7,71
Conta Corrente Banco do Brasil R$ 129,62



Total: R$ 17.897,89

Raul publicou o seguinte texto sobre o tema


Sou político e não sou rico. Algum problema?

Raul Jungmann ( Deputado e candidato a senador)

A minha declaração de bens como candidato ao Senado por Pernambuco gerou perplexidade, curiosidade e virou pauta jornalística. R$ 17.897,89 é tudo que possuo, tendo sido secretário de Estado, presidente do Ibama, do Incra, secretário-executivo do Ministério do Planejamento, ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do Conselho de Administração do BNDES, vice-presidente do conselho do Banco do Brasil e deputado federal por dois mandatos.

Não tenho imóvel próprio, empresas, ações, poupança, investimentos, terras, ouro, dólares ou jóias. Jamais sequer caí na malha fina da Receita Federal. Não tenho bens em nome de filhos e/ou parentes e, quando no exercício de cargos públicos, abri mão do meus sigilos bancário e fiscal - e também não tenho dívidas.

Vivo no mesmo apartamento alugado há mais de dez anos e tenho dois carros financiados, em 60 meses, um comigo e outro com meus filhos.

Certamente, durante mais de 20 anos de vida pública na alta administração federal e estadual, tive sob minha responsabilidade bilhões de reais.

Aliás, me lembro, e ele me recordou recententemente, que ao me despedir do presidente Itamar Franco, em 1994, lhe agradeci por ter entrado e saído do seu governo com o nome limpo e R$ 200,00 na conta bancária, do que ele riu muito.

Aos 58 anos de idade e 40 de política, continuo acreditando que esta é uma ferramenta de transformação do mundo para melhor. E que política sem valores, ética e respeito é barbárie, corrupção e violência.

Em absoluto sou melhor do que alguém por isso e tenho convicção que muitos pensam e agem como eu, graças a Deus. E considero o moralismo e os moralistas execráveis.

Político algum pode enriquecer com base nos subsídios que ganha, ainda que o que receba seja muito acima da média do povo brasileiro. E, se enriqueceu, que se explique.

Aliás, em 1996, eu e os deputados Fernando Gabeira e Luiza Erundina derrubamos no Supremo Tribunal Federal (STF) um aumento exorbitante de 91% que as Mesas da Câmara e do Senado se autoconcediam. Não por ser ilegal, mas por ser imoral.

Tenho saúde, amigos, dois filhos lindos e faço o que gosto. Sou político e não sou rico. Nenhum problema.

0 comentários: