Eduardo ataca União por Pernambuco, esquerdas e neoliberalismo

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Texto da Folha de Pernambuco, em preto. O meu, em azul.


Após evitar grevistas, que realizavam manifestação em frente à entrada do Centro de Convenções, o governador Eduardo Campos (PSB) fez um discurso inflamado, ontem, na abertura da I Conferência Estadual de Segurança Pública de Pernambuco. O governador subiu no palanque e atacou as velhas elites e o neoliberalismo; também cobrou que as esquerdas discutam o pós-crise e fez comparações da sua gestão com governos anteriores. Mesmo sem citar nomes, Eduardo acabou alfinetando a antiga União Por Pernambuco, derrotada por ele em 2006.
“Se fosse para fazer do mesmo jeito, não era eu que o povo tinha escolhido”, avaliou. “Não fizemos tudo o que muitos esperavam, mas nós fizemos muito mais do que muitos acreditavam. E fizemos muito mais ainda dos que muitos que tiveram mais tempo do que nós”, bateu. Em conversa com a Imprensa, o governador afirmou que não queria criticar seus adversários, mas as políticas de segurança implementadas antes do Pacto Pela Vida.

Para o socialista, as discussões que se vêm travando sobre paralisações de servidores é uma questão “menor”. “Não é 10 ou 12% (de reajuste). Esse debate é menor, numa hora em que o capitalismo se colocou na sua maior crise. É um despreparo absoluto, que precisa ser vencido com a garra do movimento social”, esbravejou.

Eduardo ainda avaliou que “mais importante do que discutir 2010, é discutir o que será da humanidade depois da crise”. “A esquerda na América Latina não fez um debate sobre isso. Está discutindo quem vai ser candidato, como é que vai ser; a chapa A, a chapa B ou a chapa C. (...) É um papel dos partidos (discutir isso). Meu partido se inclui nisso, não estou criticando partidos dos outros. Tudo bem que isso não vende jornal, não dá manchete. Pode não dar lead (termo jornalístico que se refere à informação principal da notícia), pode não dar coluna. Não fiz da minha vida uma busca de leads, nem de manchetes”, sublinhou. (Informações da Folha de Pernambuco - Arthur Cunha)

COMENTO EU
A bem da verdade, o governador é um falastrão. Que ele não fez tudo que a população esperava é notório, e ele vai pagar a fatura desse descumprimento de promessas de campanha. A crise do capitalismo não é nem jamais será tão profunda como a do socialismo. Já até imagino que alguém vai vir aqui comentar que o socialismo só entrou em colapso por conta dos boicotes sofridos. É mentira. Entrou em colapso por ineficiente que é, por cerceador das liberdades que é Concordamos apenas sobre o papel das esquerdas na AL, que tornaram-se meros governos populistas ou então oposições acabrunhadas

0 comentários: