A ENTREVISTA DE MARINA AO JN

quinta-feira, 28 de agosto de 2014


Sem dúvidas, embora com sua pose de virgem imaculada, Marina foi a mais acuada na sabatina que Bonner e Poeta fizeram no Jornal Nacional.

Já na primeira pergunta, ela teve de tentar (tentar, tentar e não conseguir) explicar o uso irregular em campanha do avião que matou Eduardo Campos. Bonner perguntou-lhe se ela, que cobra tanta ética dos adversários, não falhou, ao não procurar saber em que situação de empréstimo estava o avião. Marina insiste que o avião era um empréstimo que seria ressarcido ao final da campanha. Pera lá. RESSARCIR UMA DOAÇÃO? Mais estranheza no ar...

Patrícia Poeta relembrou que em 2010 Marina levou uma surra dos seus adversários, Dilma e Serra, no Acre. Teve menos da metade dos votos do tucano, que venceu por lá. Marina colocou a culpa na sua demasiada honestidade. Segundo ela, é difícil ser profeta em sua própria Terra (embora ela espere ser profeta na terra alheia). Diz a ex-senadora que contrariou muitos interesses da Elite no Acre e por isso sofria uma forte perseguição. Das duas uma: ou o acre é composto em 77% por pessoas de elite (esse é o percentual de acreanos que NÃO VOTOU EM MARINA) ou então os acreanos são pessoas suscetíveis a pressões dos grandes grupos econômicos. Vale lembrar ainda que o esposo de Marina, até a semana passada, fazia parte da burocracia estatal, ganhando quase 20 mil reais por mês como secretário do governo do PT lá no Acre. Portanto, a própria Marina, hoje, faz parte da ELITE. 

Acontece que ela não se rende e resolveu achar um novo significado para a palavra ELITE.

A melhor parte foi quando Bonner confrontou-lhe quanto à incoerência de se unir a quem pensa tão diferente dela quanto Beto Albuquerque, seu vice. Diz Marina que faz parte da Nova Política trabalhar as diversidades e as diferenças. E aí Bonner soltou a melhor da noite: Quando é a senhora que se une, é a convergência de opostos em prol do Brasil. Quando são seus adversários, é porque é a Velha Política?

O resto da entrevista foi proselitismo da pobreza e da perseguição que sofreu por contrariar interesses das elites.

Sem dúvidas, a pior das entrevistas que o JN fez.

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