Relato d'um pouco do que vi: A MILÍCIA DO PSD

Amigos, as postagens no blog estão escassas porque escassos estão os acontecimentos políticos na cidade.

Eu poderia puxar algum assunto novo, mesmo que não represente muito...Me pediram, por exemplo, que comentasse o almoço oferecido por Doutor Astrogildo e sua esposa Hélida ao prefeito João Mendonça. O casal, como todos que o conhece sabe, foi apoiador da candidatura de Andréa Mendonça, além de serem  próximos do vice-prefeito sainte Zé Ivan.

Prefiro não comentar isso... Acho surpreendente, porém irrelevante para a política municipal. Nem se sabe se o almoço indicou apoio, aproximação ou que seja...São empresários, e não políticos da cidade. Como empresários, eles têm é mais de cuidar da sua farmácia, não é mesmo? E se para a farmácia é interessante ser amigo do prefeito, ninguém tem nada com isso, tô certo?

E aí tirei da cachola algo que comentei por cima pouco depois da eleição, mas me veio à mente novamente.

A MILÍCIA FORMADA POR JOÃO MENDONÇA NA CIDADE

Durante o período de campanha. Foi criado por João Mendonça um verdadeiro conjunto criminoso na cidade. Pessoas que andavam munidas de octoc’s e rádios comunicadores a revólveres.

Um de nossos cabos eleitorais mais dispostos ao trabalho de busca de votos de indecisos chegou a ser perseguido por um carro na madrugada da antevéspera da eleição. A perseguição se estendeu pela BR-232 e o mesmo teve de ir até a cidade de Pesqueira para conseguir fugir dos meliantes, liderados entre outras pessoas por um rapaz chamado Wagner.

Eu mesmo, que me dispus a fazer rondas nas madrugadas a fim de fiscalizar a compra de votos descarada que estava sendo feita pelos meus adversários cheguei a ser perseguido por um Astra Preto em que estava um conhecido radialista da cidade acompanhado de um fotógrafo da campanha de João.

Sem falar na ameaça que sofri com arma de fogo em um depósito da BR-232, quando tentei armar flagrante da distribuição de cimento e tijolos, o que muito me desgostou e me levou a quase abandonar a campanha.

É bem provável que muitos que me leem pensem algo do tipo: “ah, Wagner...todos os grupos estavam comprando votos”. E aí eu lhes direi que, por mais que eu lamente e refute esta prática, não estou a discuti-la. O que nem todos os grupos fazem é armar verdadeiros esquemas criminosos, com pessoas para vigiar os outros dia e noite, pessoas fechando as ruas para evitar que adversários possam sair delas, como fizeram com a candidata a vereadora Luza, na Cohab II, que teve sua saída da rua empatada por esses milicianos, o que resultou na prisão de alguns elementos.

Em outra ocasião, empataram que a nossa equipe saísse de uma casa próxima ao Parque do Bambu com camisas que seriam utilizadas para a militância no dia da eleição. Sob o argumento de que “NILTON DISSE PRA NINGUÉM SAIR DAQUI”, como se Nilton fosse alguém a quem devêssemos obediência, o mesmo Wagner dava ordens a seus capangas para que não deixassem ninguém sair do local, enquanto o fotógrafo tentava intimidar com o seu equipamento. Foi necessário que a polícia garantisse o nosso direito de ir e vir, porque os bandidos do PSD se acham no direito de nos cercear até de princípios básicos da Democracia.

Outro membro da nossa equipe dá o seguinte relato:

“eu estava andando pela cidade na madrugada do dia 7 de outubro com minha namorada, quando percebi um carro e uma moto me seguindo. Diminuí a velocidade do carro para eles passarem e eles diminuirão também, então aumentei a velocidade e os mesmo também aumentaram a velocidade.

quando percebi que estava sendo seguido procurei ir a delegacia mas os mesmos tracaram o meu carro três vezes se eu não tivesse insistido em passar não sei o q teria acontecido. Era um fiesta prata com os vidros escuros e fechados. Cheguei na delegacia a mesma estava fechada então me refugiei no hotel Plaza. quando o carro parou em frente e nele estava Edson Silva e uma turma de milicianos armados dentro dele."

Eis aí uma das razões para João ter vencido a eleição como venceu: a organização da sua equipe, que se estendia do aspecto político e estrutural ao aspecto criminoso.  Enfrentamos tudo isso. Perdemos, é verdade. Mas a derrota não nos obriga ao silêncio.

É preciso que a cidade saiba que grupo a irá comandar pelos próximos, Deus nos Livre, 4 anos.