Mendonça admite fusão com PPS e PSDB

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Há quem pense que eu sou seguidor incondicional dos Mendonça. Enganam-se.

Se ele topa ser correligionário de Sérgio Guerra, fique à vontade. Eu não topo, não aceito e não irei jamais



A saída do ex-deputado federal André de Paula do Partido Democrata (DEM) abriu as discussões sobre a fusão da sigla com o PSDB e o PPS em Pernambuco. Ontem, ao falar sobre a desfiliação do ex-parlamentar, o presidente estadual do DEM, deputado federal Mendonça Filho, reconheceu não só a urgência de uma coalizão entre os três partidos, como admitiu, pela primeira vez, a hipótese de fusão dos três mais adiante. Mendonça conversou com o ex-presidente Fernando Henrique (PSDB) na última segunda-feira, em São Paulo, e hoje almoça com o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). O objetivo é discutir o rumo das maiores siglas oposicionistas no Brasil e, por consequência, no estado. As agremiações foram as mais prejudicadas com a criação do PSD pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

“O Brasil precisa de oposição, do contraponto, do contraditório. Isso é bom para a democracia. No regime militar, a oposição foi dizimada. Mas é muito mais grave a oposição ser colocada na parede e ser dizimada numa democracia, com o patrocínio da máquina pública”, criticou.

Mendonça Filho disse que discute com frequência a importância do fortalecimento do bloco oposicionista com o ex-presidente FHC. “Amanhã (hoje) vou estar com Serra e o foco é a necessidade de uma oposição que atue de forma integrada. Para mim, é um assunto que está na mesa. A fusão não está descartada”, declarou.

Segundo Mendonça, antes de qualquer coalizão ou fusão, o caminho é a unidade entre os partidos. “Política, para mim, é um processo e tem uma palavra que define tudo: unidade de pensamento e de ação. Se houver o fim das coligações, já vai ser um fato e tanto, extraordinário e que vai antecipar as fusões. Independentemente disso, você precisa discutir a unidade…”, analisou o democrata.

Nos bastidores, a avaliação feita por Mendonça Filho sobre coalizão e eventual fusão reforça a aproximação do parlamentar com os tucanos e o deputado federal Sérgio Guerra (PSDB), que vem ocorrendo a conta-gotas. Desde o último mês, os dois conversam sobre o futuro do bloco oposicionista, como antecipou o Diario. Tanto democratas como tucanos reconhecem a urgência de mudanças. Com o PSD, Dilma terá a menor oposição em 16 anos, com aproximadamente 96 deputados dos 513. 

Diário de PE

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