Jarbas considera reação de socialista “ridícula”

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Folha dePE

Um dia após a ma­ni­fes­ta­ção da ju­ven­tu­de do PMDB em fren­te ao Palácio do Campo das Princesas, o se­na­dor Jarbas Vasconcelos, tachou como ri­dí­cu­la a ati­tu­de da Frente Popular de in­gres­sar com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) con­tra a co­li­ga­ção Per­nambuco Pode Mais, por causa de pan­fle­tos dis­tri­buí­dos por mi­li­tan­tes pee­me­de­bis­tas. Jarbas adian­tou que fez um re­gis­tro sobre o caso que en­tra­rá no seu guia hoje. Sobre o ma­ni­fes­to do Palácio e a que­bra do si­gi­lo da filha do can­di­da­to à pre­si­dên­cia, José Serra (PSDB), o se­na­dor se po­si­cio­nou de ma­nei­ra con­tun­den­te: “O ato daqui é ri­dí­cu­lo e o de lá, de ex­tre­ma gra­vi­da­de”.

“Uma das coi­sas mais ri­di­cu­las que eu vi em Per­nam­buco, nos ul­ti­mos anos, é esse ato da Frente Popular. Nin­guém da­ni­fi­cou nada, nin­guém des­res­pei­tou nada, nem ten­tou in­va­dir o Palácio. Se o go­ver­na­dor não quer mais pro­tes­to na fren­te do Palácio, pelo amor de Deus, né? Coisa do ri­dí­cu­lo atroz”, dis­pa­rou. Quanto à par­ti­ci­pa­ção do seu filho na ma­ni­fes­ta­ção, Jar­bas res­pon­deu: “Eu nem sei dizer se ele es­ta­va lá. Mas se ele es­ta­va, fazia bem, porque ele é mi­li­tan­te, quer par­ti­ci­par. E ele não vai ficar res­tri­to de ir à Praça da Re­pública fazer um pro­tes­to por que é meu filho”, as­se­ve­rou.

Sobre a que­bra do si­gi­lo da filha de Serra, Jarbas disse não ter fi­ca­do sur­pre­so e afir­mou se tra­tar de um ato de “ex­tre­ma gra­vi­da­de”. “Era ple­na­men­te pre­vi­sí­vel, no mo­men­to em que o Exe­cu­ti­vo junto com o PT apa­re­lha­ram o Estado, in­clu­si­ve or­gãos e in­sti­tui­ções como a Receita Federal, tinha que dar nisso, né? Perde-se o con­tro­le. Qual é o iti­ne­rá­rio para o re­gi­me forte? É o pri­mei­ro se dizer ma­goa­do com a Imprensa, pro­cu­rar res­trin­gir a li­ber­da­de de Imprensa. Se­gundo, é re­ti­rar os di­rei­tos in­di­vi­duais. Terceiro, é tor­nar o Congresso re­du­zi­do. É esse o iti­ne­rá­rio de Lula. É esse o iti­ne­rá­rio do PT. É uma coisa la­men­tá­vel”, reclamou. Quanto à apu­ra­ção dos fatos, Jarbas se mos­trou preo­cu­pa­do. “Se isso não for apu­ra­do antes da elei­ção, fi­ca­rá ao Deus dará”, completou.

No to­can­te aos ata­ques fei­tos pelo pre­si­den­te à opo­si­ção, Jarbas afir­mou. “Daqui a pouco um can­di­da­to pode ser agre­di­do na pro­por­ção em que Lula acaba trans­for­man­do ad­ver­sá­rios em ini­mi­gos e quer ex­cluí-los do ce­ná­rio po­lí­ti­co, por exem­plo. Ele já fez isso aqui, já fez isso em Brasília. E vem fa­zen­do isso na te­le­vi­são. É uma si­tua­ção muito de­li­ca­da”.

O se­na­dor e can­di­da­to à ree­lei­ção, Marco Maciel (DEM), que tam­bém es­te­ve pre­sen­te na ca­mi­nha­da de Jarbas, no Jordão Alto, ontem à noite, pre­fe­riu não se po­si­cio­nar sobre o caso da que­bra de si­gi­lo de Verônica Serra. “Agora não posso fazer co­men­tá­rios para o fu­tu­ro porque o Congresso está em re­ces­so”, resumiu. No que diz res­pei­to às crí­ti­cas do pre­si­den­te Lula, o se­na­dor foi dis­cre­to ao res­pon­der que “não vai al­te­rar a sua vida pú­bli­ca”

0 comentários: