A princípio, eu vinha achando um saco essa eleição. Não havia, ao menos para mim, um candidato em que se visse a esperança de dias melhores.
Em Pernambuco mesmo, pensava até em aular meu voto, coisa que nunca fiz e não acho cívico. De um lado, um poste indicado pelo ex-governador Eduardo e do outro, com apoio do PT, motivo bastante para não ter meu voto, Armando Neto. Além de péssimos nomes, uma campanha pra lá de chata, com Armando metendo 35 pontos de vantagem.
Em Pernambuco mesmo, pensava até em aular meu voto, coisa que nunca fiz e não acho cívico. De um lado, um poste indicado pelo ex-governador Eduardo e do outro, com apoio do PT, motivo bastante para não ter meu voto, Armando Neto. Além de péssimos nomes, uma campanha pra lá de chata, com Armando metendo 35 pontos de vantagem.
Mas tudo mudou e a eleição está uma comédia. Na manhã da terça, Armando reuniu a imprensa para cobrar de Paulo Câmara explicações quanto à concessão de incentivos fiscais dada a empresa que teria comprado o avião em que voava Eduardo Campos. Não bastando isso, o próprio Paulo teria também voado.
Paulo e o PSB não calaram. Soltaram uma tremenda nota ainda na terça:
A imprensa pernambucana foi surpreendida hoje com uma pantomima da pior qualidade, orquestrada pelo candidato a governador da coligação “Pernambuco vai mais longe”, Armando Monteiro. Pretendendo divulgar “fato relevante” referente à campanha eleitoral em curso, o senador do PTB convocou com grande estardalhaço uma entrevista coletiva, que teve lugar na sede do seu comitê eleitoral. Como diz o ditado popular, “a montanha pariu um rato”.
Desesperado com a derrota que já se prenuncia, de acordo com as pesquisas eleitorais, o candidato de Dilma Rousseff fez uma sucessão de denúncias vazias, irresponsáveis, indignas de qualquer credibilidade, expondo à sociedade uma face lamentável, que merece nossa indignação e pronto repúdio.
Os fatos citados pelo candidato já tiveram ampla cobertura da imprensa nacional e foram publicamente esclarecidos, na forma da lei, pela direção do Partido Socialista Brasileiro, que acompanha diligentemente todos os aspectos envolvendo não apenas o uso da aeronave, como também as causas do acidente que vitimou tragicamente o nosso saudoso Eduardo Campos.
Ao tentar atingir o futuro governador de Pernambuco, Paulo Câmara, com um factóide sem pé nem cabeça, Armando Monteiro mostra de quantas é capaz para enlamear a honra alheia. Se hoje é assim, dá para imaginar o que faria esse senhor se um dia chegasse ao Governo de Pernambuco.
O PSB se
solidariza com a imprensa pernambucana, diante da tentativa malandra de
manipular fatos, e, como sempre, está à disposição dos jornalistas para
qualquer esclarecimento.
O vice de Armando, Paulo Rubem, veio a público responder a nota do PSB e foi certeiro no petardo:
Como deputado federal, membro da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e candidato a vice-governador da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, informo que:
Continuando com as fugas que vêm marcando sua atitude frente aos graves fatos apontados pela imprensa nacional nas últimas semanas, desde o acidente de 13 de agosto, como a ausência de prestação de contas adequadas por seu partido, sob o rigor da lei, do uso do avião em questão, o candidato Paulo Câmara mais uma vez foge das explicações, escondendo-se sob o manto de esclarecimentos notoriamente vazios, pretensamente oferecidos à imprensa.
Mais uma vez sem esclarecer os fatos e, novamente, como nas levianas acusações que fez à oposição pelos fatos publicados em relação às denuncias apresentadas em delação premiada pelo Sr.Paulo Riberto Costa, Paulo Câmara, em nítida postura de desequilíbrio, acusa-nos de malandragem por lhe cobrarmos publicamente as explicações que deve ao povo de Pernambuco.
Malandragem é um Auditor, Secretário da Fazenda de Pernambuco, após conceder incentivos fiscais e benefícios comerciais, esses nunca antes concedidos a uma empresa, ré em processos federais de sonegação e crimes financeiros, usar um avião dessa empresa para fins privados, numa campanha eleitoral;
Malandragem é um Auditor, Secretário de Fazenda, após dar benefícios e usar o avião da empresa, calar-se frente às graves informações reveladas pelas investigações do acidente dando conta de que o avião foi pago, entre outras, pela empresa Câmara & Vasconcelos, que havia recebido depósito de R$ 100 mil da MO Consultoria, do doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, conforme fartamente publicado pela imprensa;
Malandragem é usar a administração pública dando benefícios a empresa sob suspeita, ré por crimes de sonegação e contra o sistema financeiro, e depois usar seus bens para si próprio;
Malandragem é imaginar que o povo de Pernambuco aceita esse tipo de negócio escuso entre o público e o privado. Malandragem faz quem tira imposto do povo de Pernambuco, doa para empresa privada, ré em ação federal por crime de sonegação, com dívida de R$ 101 milhões, e depois usa avião da empresa para fazer campanha. Malandragem é tirar dos mais pobres para doar aos mais ricos e depois usar o patrimônio dos mais ricos, quem sabe comprado com dinheiro de sonegação fiscal. Em causa própria. Responde, candidato.
EU QUERO É SANGUE
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