Os que querem acabar com o DEM

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A política é uma roda-gigante.

Em política, tem de se ter lado.

Essas duas frases resumem bem o que eu aprendi sobre política desde criança.

E quando eu penso na situação do meu partido, essa frases ficam latejando na minha mente e me servem de bálsamo quando escuto alguns abestalhados dizerem que o DEM está acabando.

É claro que um partido que já teve 100 deputados e 20 senadores e hoje se limita a 44 e 5, respectivamente, não está bem das pernas. Acreditem: o pior não é ter diminuído. O pior é o modo como está sendo gerido e o caráter de alguns que estão nele.

Apesar de tão diminuto, o DEM não tem conseguido ser coeso, o que deveria ser mais fácil. A atual direção, comandada pelo carioca Rodrigo Maia, venceu a disputa para liderar o partido na câmara com o nome de ACM Neto, diga-se de passagem, um ótimo quadro. Mendonça Filho está nesse grupo e é vice-líder. O outro grupo, comandado pelo ex-senador Jorge Bornhausen, que conta com o prefeito de São Paulo, Kassab, indicou Eduardo Sciarra.

Aí quando s epensa que apenas esse grupo deseja se aproximar do governo, vem o presidente Rodrigo e elogia o corte no orçamento de 50nilhões feito pela presidenta...

Essas disputas são muito saudáveis para o processo democrático interno no partido. O que faz mal é que gente dentro do partido apoie a iniciativa desse segundo grupo de sair do partido e apoiar o governo federal do PT. Alguns querem levar o partido todo para a base. Outros preferem sair do partido e ir pro PMDB, tese atrapalhada pela legislação que pune quem muda de partido. Provavelmente criarão um novo partido e migrarão para lá. Será o caminho mais fácil para virarem “dilmistas”.

É uma pena, pois Kassab faz uma gestão cheia de acertos, e é um ótimo nome para disputar eleições majoritárias pelo DEM. Por outro lado, é melhor que saia antes a ficar por aqui articulando o fim do partido que o projetou.

A meu ver, o grande erro dessa gente é não enxergar o que diz as frases lá do começo do texto. Em alguns anos, o PT estará fora do poder e o DEM estará em seu lugar. Se junto com o PSDB ou não, só o tempo dirá (eu espero que seja sem os tucanos). E quando isso acontecer, não haverá espaço no DEM para os que estão abandonando o barco justamente na hora do maremoto que nos atinge. No leme, estarão aqueles que ficaram onde as urnas indicaram: na oposição.

Kassab e seu grupo, assim como Ciro Coelho, Coronel Rufino e tantos outros estarão sem lugar aqui e lá.

0 comentários: