"Kassab quer o comando o DEM para entregar ao PMDB", acusa deputado

sábado, 13 de novembro de 2010

Amigos, n ão é só no nível local que o DEM enfrenta problemas. O bicho tá pegando no país inteiro. Não é que querem entregar o DEM ao PMDB, fundindo os 2 partidos e tarnsformando o DEM em ALIADO do PT?!

O movimento é encabeçado pelo prefeito Kassab de São Paulo. A bem da verdade, o DEM deveria ter tido candidato a presidente já esse ano. Não o teve pois devia ao PSDB a eleição de Kassab em 2008. Fatura quitada, o prefeito agora quer se juntar com o PMDB.

Ao menos duas pessoas não querem isso. Uma sou eu. Mas isso nem vale muito. Outra é o vice-presidente do partido, Ronaldo Caiado. Leiam a entrevista do rapaz

Do Ig

Os deputados Rodrigo Maia (RJ) ACM Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO) - todos do DEM - avaliaram que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não desistiu da tese de fundir o partido com o PMDB. No entanto, o único a tratar do assunto publicamente é Caiado. Os três almoçaram juntos na capital paulista nesta sexta-feira. Em entrevista após o encontro, Caiado desqualificou o discurso de Kassab de que “é preciso haver uma mudança no partido para fortalecê-lo”. O prefeito tenta promover uma eleição para tirar Maia da presidência do DEM, cujo mandato vai até dezembro de 2011. Ou seja, três meses após o prazo final de filiação partidária para as eleições municipais em outubro de 2012.

“Ninguém acredita nessa mudança de estratégia do Kassab. Na verdade, agora eles viram que a tese de fusão é indefensável. Eles têm o maior constrangimento, por isso que tratam da fusão no subterrâneo”, disse Caiado. “Agora mudaram o foco. Kassab quer primeiro o comando do DEM para amanhã entregar o partido para o PMDB”, completou. Para o deputado goiano, Kassab tem o apoio do ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen. O iG apurou que a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) também cogita a possibilidade de fusão. Por isso Caiado sempre cita “eles” em vez de apenas “ele”, Kassab.

Nesta quinta-feira, os três se reuniram com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o vice-governador eleito de São Paulo Afif Domingos (DEM) e o deputado Indio da Costa (DEM-RJ). Em entrevista mais cedo, Demóstenes disse ser contra a fusão, mas defendeu a troca de comando no DEM. Caiado evita citar outros nomes que defendem a tese de fusão. “Que eu sei é o Kassab, mas ele sustenta uma equipe grande”, disse, rindo. “Eu não vou nominar quem são os soldados. Eu falo o nome do general, que é o Kassab”, completou.

Para o deputado goiano, não podem responsabilizar Rodrigo Maia pelo mal desempenho do DEM nas urnas e a derrota nacional com a candidatura José Serra (PSDB). “Quem desenhou a estratégia de apoio ao foram eles, que quiseram pagar a fatura”, disse. Caiado refere-se ao fato de Serra ter apoiado a reeleição de Kassab na prefeitura contra a candidatura de Geraldo Alckmin, que havia começado a corrida eleitoral em 2008 como favorito e acabou fora do segundo turno formado com Marta Suplicy (PT). “Depois da eleição da prefeitura, nós ficamos engessados e presos ao acordo com o PSDB. Quem foi que fez foram Jorge Bornhausen e Kassab”, disse Caiado. “Por que agora o Rodrigo Maia tem de ser responsabilizado por tudo?”

ACM Neto e Maia
Pelo menos oficialmente, Rodrigo Maia e ACM Neto são mais comedidos quando se referem aos planos de Kassab. O atual presidente do DEM disse não temer disputar o comando do partido de novo. “É importante fortalecer o partido”, disse. "Se o Kassab quiser, poderá disputar com o nosso candidato, que ainda não definimos quem será. Meu mandato vai até dezembro de 2011”, completou.

Maia, no entanto, afirma que há um grupo no DEM que quer entregar o partido para o governo “para benefício próprio”. Segundo ele, falar em fusão com o PMDB é uma traição aos eleitores. “O DEM tem um perfil definido, é um partido de centro-direita conservador”. Segundo ele, muito diferente do PMDB, que "está toda hora no governo'. Deputado reeleito para o seu terceiro mandato, ACM Neto também rechaçou a possibilidade de fusão. "Isso seria terceirizar o meu mandato. Fui eleito pelo DEM para fazer oposição ao governo. Se aceitar a fusão, estarei entregando o meu mandato para o PMDB e para o governo", afirmou.

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