Carta aberta a polução belojardinense

terça-feira, 11 de maio de 2010


Como analisar os dias atuais? Lembro-me que não tão distante professor era sinônimo de reverência nas escolas primárias cuidando dos nossos filhos, ensinando-lhes os caminhos e a se tornarem homens e mulheres justas. Ao que vejo, os tempos mudaram, as sociedades não são mais as mesmas, em minha infância, ainda ontem, tive a oportunidade de estudar em escolas públicas tradicionais e recebi instruções de verdadeiros mestres que mesmo mal pagos em escolas de quase nenhuma estrutura nos ensinava o beabá, olho para trás e ainda lembro de (sic) minha professora me trazendo ternura e carinho, que muitas vezes me faltava em casa, mas agora não vejo mais, o que houve? A ternura morreu? Os mestres não são mais os mesmos? A frieza, a incompreensão invadiu seus seres? Pois atualmente vejo professores cada dia mais fiéis. Fiéis sim, mas as suas causas, ao dinheiro, sim, digo isto porque não é este nem esta causa que move a educação. Não mesmo! A luta é justa, justíssima, mas não tirando das crianças as poucas chances que ainda lhes restam: uma educação de qualidade.

Verdade senhoras e senhores, professores e professoras, sociedade belojardinense, não venho aqui dizer que sou contra melhores salários, não, de forma alguma, apenas lembro que existem outras maneiras de resolver este impasse.

Senhor professor, senhora professora, antes de tomar tais medidas, pense em milhares de alunos que com sua dureza estão deixando sem comer. Sim, pois em muitas casas o único recurso que entra são dos programas assistênciais e a única refeição que essas crianças comem é a merenda escolar. E o que dizer das mães, dos pais que deixam de ir trabalhar por que não tem com quem deixar os seus filhos?

Peço a vocês amigos, que não tirem dessas crianças a única coisa garantida em lei e mantida, a duras penas neste país, que é a educação.


Romualdo Rodrigues Amorim
Professor, empresário e amante da verdadeira educação.



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