Plano Real completa 15 anos

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os mais novos certamente não se lembram. Você queria comprar um produto, fazia uma pesquisa de preço e, no dia seguinte, para fechar o negócio, a surpresa: o produto já custava mais caro. Os preços subiam num ritmo impossível de se acompanhar. Olha que “inflação alta” é pouco: era hiperinflação mesmo.

É por isso que é tão marcante essa data que vivemos hoje: os 15 anos do plano que trouxe a economia brasileira para uma escala de normalidade: o Plano Real (OBRA DE QUEM MESMO? FHC né?).


O brasileiro já estava acostumado a muitos planos econômicos - todos fracassados. O Real foi diferente porque, primeiro, aprendeu com os erros dos outros. Não teve congelamento de preços. Segundo, não teve surpresa. Não foi um plano que aconteceu de repente, que você acordou e tinha uma moeda nova.

Foi criada a Unidade Real de Valor (URV), que fez parte do cotidiano dos brasileiros durante meses. Era uma unidade de conta e um dia virou moeda. Mas não foi simples assim. Foi um desafio para as pessoas e para o país.

Só para exemplificar uma dificuldade: para saber quanto valia algo em real (que estava com preço na moeda antiga), era preciso dividir por 2.750 - de cabeça. Era assim até na hora de comprar pão.

O brasileiro superou o desafio, queria tanto uma economia normal que se jogou no plano para entender sua complexidade e agir de forma correta.

O Banco Central teve que, em 24 horas, colocar as notas do real no Brasil inteiro. Foi uma operação logística de grandes proporções, com a Aeronáutica voando pelo país.

Nesse período de transição, tinha duas moedas. A velha, o cruzeiro real, continuou inflacionada. A nova, o real, a substituía.

3 comentários:

boi disse...

Obra do então presidente Itamar Franco e a equipe economica formada por Andre Lara Resende, Edmar Bacha e outros funcionarios do ministerio da fazenda comandado pelo leigo FHC tentar se reeleger senador por São Paulo e acabou por ser um presidente fraco e impopular.

Wagner Rafaell Peixoto disse...

Impopular, se considerada a avaliação nos dias de hoje. Pós-governo.

Fraco pra quem considera pouco importante suas proezas na economia brasileira.

FHC, o Fraco, derrotou Lula, o forte, 2 vezes em PRIMEIRO TURNO

boi disse...

Impopular sim, pois Serra o escondeu durante toda a campanha e seus numeros nos dois ultimos anos não chegaram a 40% de avaliação positiva enquanto o ruim/péssimo superava os 50%. Já suas proezas na economia não passaram de de ele assistir reuniões e concordar com o que os economistas do ministerio decidiam e ele simplesmente assinava e olhe que ele não teve nem capacidade de montar a equipe economica.