Mendonças e Monteiros. Juntos? Duvido

terça-feira, 14 de julho de 2009





















A coluna de Magno Martins, nesta terça, traz a seguinte nota:


TELEGRAFOU –
O deputado José Mendonça Bezerra mandou um duro e curto recado, ontem, ao senador Sérgio Guerra: só apóia sua reeleição se o PSDB entrar no chapão proporcional. “Se o PSDB optar pela chapinha fico livre para apoiar Armando”, disse


Eita, danado. E agora?

Amigos, vejam o que aconteceu, o que acontece e o que acontecerá:

O QUE ACONTECEU?
Em um passado não muito distante, os Mendonças e todo o PFL eram aliados dos Monteiros e adversários de Guerra. Isso se deu na época em que o hoje senador Sérgio era homem de confiança do ex-governador Arraes. Já Armando Neto, por ser inclusive primo de Roberto Magalhães, mesmo quando seu pai, Armando Filho, disputou cadeira no senado na chapa de Arraes, apoiou o candidato do PFL (GUstavo Krause). Isso em 1994.

As voltas que a política faz a vida dar fizeram com que Guerra se tornasse adversário dos Arraes, aliado a Jarbas e aos Mendonças. Foi votado pelo grupo em 2002 e votou em Mendonça em 2006. Há quem diga que fez corpo mole. Eu, que vivi o dia a dia da campanha, nego. Guerra ia a tantos eventos quanto podia, indicou um homem de sua estrita confiança para ser o vice...Mendonça perdeu e eu garanto: não foi por culpa do PSDB. Muitos diziam que Guerra seria uma pedra no sapato de Mendonça, quando este quisesse disputar o governo. Guerra tinha seu projeto de ser candidato, mas aceitou resignadamente a determinação de Jarbas e cumpriu seu papel de aliado até o último dia.

Já Armando Neto também apoiou Guerra em 2002, quando ainda era aliado a Jarbas. Mas mesmo nessa época, tinha no interior muitos candidatos a deputado que eram adversários dos Mendonças, de Jarbas e de toda a alainça. Quem não se lembra do constrangedor comício na COHAB 1, com o candidato a governador HUMBERTO COSTA, o então prefeito JOÃO PAULO, o candidato ao senado DILSON PEIXOTO, todo o grupo GALVÃO e ARMANDO dizendo "o meu candidato a governador não é o que está nesse palanque. É outro"?

Por ter um projeto mais ambicioso, Armandão teve de se afastar do grupo de Jarbas, pois sabia que ali não teria espaço pra disputar o governo. Afastou-se, e mesmo assim não pôde ser candidato ao governo, pois o apoio que imaginou ter, fora da base do governo, também lhe faltou na oposição.

O QUE ACONTECE?
Hoje, Guerra, alijado do poder, tenta, através de seu histórico Arraesista, aproximar-se do governo do estado e da basa aliada. Tenta e consegue. Já há pelo menos 1 partido da base declarando apoio a sua reeleição e mais uma penca prestes a fazê-lo. Guerra sabe que somente na oposição não consegue votos pra se reeleger.

E aí é que o bicho pega: Quem é oposição ferrenha, como o grupo Mendonça, não aceita de bom grado essa posição dúbia. Esse não ser carne nem peixe de Guerra. O projeto do DEM é reeleger MARCO MACIEL. Isto viria, por razões óbvias, atrelado ao projeto de eleger Jarbas governador e Guerra senador. Mas se até hoje ninguém sabe se Guerra é carne ou é peixe, se é governo ou oposição, abre-se uma janela para que o grupo que realmente faz oposição, e aí estão os Mendonças, não se veja obrigado a apoiar a candidatura de Guerra.

Mas pra piorar o entendimento, lá vem: Quais são as opções a Guerra? João Pauio não dá, enquanto estiver no PT. Humberto, mesmo que saísse do PT. Fernando Bezerra Coelho já foi do PFL, aliado ferrenho, mas hoje sua candidatura passa pelo irrestriro aval do governador. Armando Monteiro também já foi aliado, tem potencial de crescimento, mas tem algo que empaca muito essa aliança: disputa em pelo menos 1 dúzia de cidades os votos com o grupo Mendonça, donos do DEM em Pernambuco.

O QUE ACONTECERÁ?
Nada. Mendonça não terá condições de apoiar Armando em Belo Jardim, em Pesqueira, em Brejo e em outras centas cidades. Mendonça, mesmo que pudesse, não iria passar pela vergonha que CINTRA passou em 2002, de trazer um candidato que pede voto pra outro presidente, outro governador. E por último, o projeto dos Mendonças passa pela eleição do presidente da república, que será do PSDB.

Apostem aí. Os próximos passos da novela serão: Guerra dizer que não aceita ser chamado à atenção por Mendonção e que quem manda no partido é ele. Jarbas entrar em cena e convencer Guerra a aceitar o chapão. Mendonção fazer uma festa em BJ e convidar Guerra a dividir uma garrafa de Whisky com ele e tudo ficar como antes.

0 comentários: