Torcidas organizadas não poderão entrar em campo nos clássicos pernambucanos

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Notícia do DIÁRO DE PERNAMBUCO


As torcidas organizadas dos clubes pernambucanos estão proibidas de entrar nos estádios nos dias de clássicos entre Sport, Náutico e Santa Cruz. A decisão foi tomada nesta quinta-feira, pelo juiz do Juizado do Torcedor, Aílton Alfredo de Souza. De acordo com ele, a decisão não foi tomada por um colegiado de instituições que trabalham durante as partidas, como Polícia Militar e Ministério Público.

“Depois de dois anos de trabalhos árduos de todas as instituições visando o aspecto pedagógico, com campanhas com pedidos de paz, analisamos que isso não funciona. Pudemos ter a certeza no clássico do último domingo, quando até bomba caseira foi arremessada contra a torcida do clube adversário. Por isso chegamos à conclusão que o acesso da torcida será proibido”, afirmou Aílton Alfredo.

Como a decisão foi orquestrada e estudada, a forma de identificar os torcedores que vão apenas para bagunças já está elaborada. “Claro que esse trabalho está sendo feita a muito tempo. Vamos conseguir distinguir muito bem quem são os bandidos que vão aos estádios travestidos de torcedores. Agora não podemos dar detalhes como isso será feito. Queremos afastar essas pessoas dos estádios. Para isso fizemos cursos, estudos, conhecemos outras experiências durante os últimos 24 meses”, disse.

Ainda segundo o juiz, a decisão está sendo apoiada pelo governador Eduardo Campos e pelo secretário de segurança do estado, Servilho Paiva. Além disso, está garantido que essa proibição pode se estender a outras partidas. Tudo vai depender dos comportamentos dos torcedores.

STJD – O nome máximo do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmidt, declarou nesta quinta-feira que os auditores e procuradores do Tribunal estão sendo ameaçados pelas últimas decisões. Mesmo assim ele garantiu que vai permanecer trabalhando da mesma forma.

“Lógico que um campeonato como esse, onde cada ponto é disputado até o final, existe uma grita generalizada. Existem expedientes perigosos e orquestrados para que o torcedor se volte contra o Tribunal. Depois de acusar a arbitragem, agora a metralhadora está voltada para o STJD”, disse o procurador geral.

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